Quatro dias de Sol em Janeiro




São estes dias assim iluminados, os presentes maiores. 
Ontem a bem da minha sanidade mental, tive a sorte dos avós da Maria a virem buscar para passarem a tarde com ela. Estendi roupa grossa ao sol, abri todas as janelas da casa para o ar brincar cá dentro, e saí. Fui bater às portas à procura de oportunidades de emprego, por ruelas e travessas que é onde se escondem a maior parte dos centros sociais, onde eu almejo encontrar um lugar. Aproveitei para alinhavar a possibilidade de um voluntariado; lancei a semente. Conversei com gente na rua, fui tomar um café, comprei plantas, fiz caminhada. Quando voltei a casa já a lua cheia - linda - estava feito diamante a iluminar a noite. Que tarde. Vi a beleza dos limoeiros e das laranjeiras carregadinhos de fruto, vi os gatos vadios por terrenos abandonados, nos muros a lamberem-se ao sol, numa pasmaceira de sábios.
Há tanta coisa má a acontecer no nosso mundo, que é um privilégio imenso viver dias assim. Feitos de nada, só de Paz.

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