Do meu mau feitio, da minha bipolaridade fluorescente

Não é difícil andar na mó de baixo nos últimos dias, especialmente com tanta chuva e frio e cinzento-rato lá fora, especialmente se assistir a tudo isso desde a janela de casa, fechada a sete chaves e sem grandes perspectivas de futuro. Se ao menos eu pudesse ir espreitar o mar revolto e as árvores nuas no parque da cidade. Se ao menos eu pudesse ir lá fora respirar o ar gelado. Se ao menos houvesse outra luta à minha espera.

Dentro do meu coração há uma certeza que me conforta: tudo na vida acontece da forma certa, mesmo quando nos parece errado. Só quando eu perceber o significado maior da importância destes dias, estarei apta a avançar para a próxima etapa, que eu não sei sequer se vai ser mais feliz. É só uma ansiedade tola, uma garantia de nada, uma necessidade de viver não sei o quê para além do tanto que já tenho.

Porque quando eu conseguir um emprego, as coisas que são agora as mais importantes, continuarão a sê-lo.

(...)

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