Aqui a reler este blog

Dei comigo a pensar que é impróprio para todas aquelas mulheres que abominam a maternidade (sim, muitas mesmo sem saberem o que é, abominam). Acho normal que não passe pelos planos de todos, acho que sim que se pode ser plenamente feliz com outros objectivos. Não acho normal abominar sem sequer saber do que se fala, tantas vezes numa atitude até de desprezo, de uma espécie de anti-maternidade desnecessária. Afinal tudo pertence ao mundo dos afectos, tudo é continuidade. E se já amaste alguém, se já estimaste muito um cão ou um gato, certamente podes imaginar que apregoar que não suportas mulheres mães que só falam nas suas crias, está longe de significar empatia pelos outros.

A verdade é que ninguém precisa de aturar ninguém. Mas a maternidade é uma coisa mesmo muito grande. Nunca tive instinto maternal, não sonhei ser mãe. Mas depois de o viver, para mim pessoalmente, é a única experiência realmente transcendente na vida. Definitivamente a melhor e mais plena experiência de todas, a mais transformadora e reveladora de quem realmente somos e quais os nossos verdadeiros limites. 

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