A realidade é isto

Só clicar e ler:

"Temos que parar de romantizar a mãe guerreira. Não é guerreira, é esgotada, esfarrapada, cansada e, por vezes, perdida. Não é um elogio, é uma catástrofe mesmo."

Outono





Tudo é mais simples do que aquilo que percepcionamos nas nossas vidas agitadas. Basta observarmos em silêncio como magestosamente se adapta a natureza à mudança de estação. By the way, este foi o ano em que mais senti que aproveitei a luz dos dias até ao final prolongado da estação dos pêssegos. 

O que dizer deste Outubro generoso



Um Outubro com cheiro de Verão, com risos altos de crianças felizes a atravessar os dias imensos das férias grandes - a Maria e os primos.
Tivemos as nossas férias, o nosso Amor entrelaçado a três. Temos tido dias plenos de sol, de uma luminosidade que transformou tantas manhãs em comoventes. Mês de mais leveza, de mais segurança interior. Apesar de ninguém saber o que está ao virar da esquina, mês em que volto a sentir alguma energia positiva a circular com fluidez. Foi um mês de abraços apertados, de acertos e de reencontros. O mês perfeito para ajudar a equilibrar a balança energética do ano.
(...)

Vivemos um tempo estranho. É fundamental que nos dias de hoje alguém tenha coragem para por os pingos nos i:

 Sou uma mulher, não uma pessoa que menstrua

Estou tão feliz por ter descoberto o Jonas


 Muita vontade de ir ver o espectáculo.

don't be afraid, just eat up all the grey and it will fade away

Pergunto-me amiúde se sou só eu a sentir um profundo desencanto e desconforto com o mundo como ele vai. Parece só uma bola obesa que definitivamente se nos escapou das mãos, num emaranhado de gente cada vez mais aparvalhada.

(...)

A boa noticia é que finalmente sinto e sei que saí da roda do rato, essa que desde o inicio do ano tem sido o grande grilho para mim.

Duas mãos capazes

e um coração que não desiste. Dos dias grandes, feitos de sol e gargalhadas. Desse lado B da vida que por vezes é tão de dura persistência na conquista.

Sabem aquela história do cair duas vezes e levantarmos-mos três? Havendo saúde, serei sempre feita dessa massa. É por isso que pela primeira vez, aos meus 42 anos de busca e crescimento, resolvi procurar e aceitar ajuda. Uma ajuda que ando a evitar desde que nasceu a minha filha. Mas porque não aguento o peso do mundo no meu regaço - por tantas razões - resolvi inverter a vertigem acelerada cá dentro. Aprendo as pausas necessárias entre stops e nãos, tão importantes e necessários quanto os sim. Aprendo que o mundo dos outros não é mais importante nem urgente do que o meu. Aprendo uma coisa tão simples como não dar importância ao que afinal não a tem.

Vão ser seis meses de um caminho que para muitos ainda representa estigma e vergonha. Para mim é só uma questão de saúde, de bem estar, de verticalidade comigo mesma, de querer ficar bem, de ser melhor para todos, em especial para a minha Maria e para o meu Luís.

Those are the days

 






❤❤❤

É bom demais

Ficar junto dos meus: o Amor da minha mãe e as gargalhadas dos meus sobrinhos. Viver dias grandes cheios de Sol e de uma Luz para além das palavras. Amanhecer com a canção do mar. Sentir a pele dourar e o sal colado ao corpo todo o dia. Ver a minha filha Feliz, vê-la crescer tanto numa só semana. Goiabas e o cheiro delas a perfumar a casa. Os braços do meu amor como a minha muralha-fortaleza.

É tão bom Viver.