De resto os dias com ela têm sido os melhores. Apesar das febres altas, das noites sem dormir (juro que estou quase a pifar), da versão encosto Maria que está no expoente máximo. No post anterior menciono o livro mamã, que ganhei de presente da minha amiga-irmã de muitas vidas. Há uma imagem que define na perfeição tudo o que tenho estado a viver, ininterruptamente, desde o dia em que ela nasceu:
Expressão da minha terra que significa coisas tão diferentes e opostas como repugnância, enfado, surpresa, alegria, alivio, espanto. Expressão que me lembra a minha avó e me une à minha África-berço que não conheço. Uma palavra inteligente, que obriga a interpretar por inteiro a frase, incluindo a entoação e o sorriso ou a interrogação que dela fazem parte.
Não tive vontade de escrever nos últimos dias. A Maria esteve doente no aniversário mas foi bonito, esteve colmada de mimos e foi um serão inesperado de algumas gargalhadas na companhia daquelas quatro pessoas que são nossas para sempre. Devo dizer que a minha filha tem uns padrinhos fantásticos, sinto mesmo que são uma continuidade de nós pais e isso é um quentinho bom no coração, um conforto, um sossego.
É engraçado o poder curativo da partilha. No livro, esse pequeno monstrinho, esses vampiros, sanguessugas, ladrões do tempo, devoradores da vida, são na verdade o maior Amor que se pode experimentar, o maior milagre de todos.
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