Conversas sobre espiritualidade


Por cima da confusão dos que amealham ou dos que esbanjam, dos que choram ou dos que vendem lenços de papel, dos que precisam de tudo ou dos que não precisam de nada, eis a grande questão:

És feliz? Foste feliz?

Honrar a Vida é responder sim, acima das circunstâncias. E este é um exercício difícil, nem sempre é fácil encararmo-nos a nós mesmos. Não há o certo ou o errado, há o fazer esta passagem e sair dela Vivo.

(...)

Podemos ser profundamente felizes na nossa ignorância. Ás vezes é mesmo a forma mais leve de se ser feliz.

Coisas que não fiz

Se eu pudesse voltar atrás, teria conversado contigo avó. Ter-te-ia feito muitas perguntas sobre a minha bisavó, sobre como viveram os nossos antepassados escravos. Deixei-te partir sem sequer tentar saber.

Só agora, aos 43, desperto para a importância do cheiro a pau santo na minha vida.

(...)

Russia versus Ucrânia versus Europa versus mundo

Já todos perdemos esta guerra.

Das férias

Trouxe comigo no avião um punhado generoso de alfarrobas caídas de acácias. Ainda não sei que lugar vão ocupar cá em casa, mas há-de ser um bem especial. Muito mais do que lembranças das férias ou os "frutos" da minha árvore preferida no mundo, maduraram ao sol e vento daquela ilha. Cresceram e caíram sem importância, lá onde estão os meus.

Talvez estas alfarrobas gigantes de acácia fiquem comigo até ao fim.

Há-de ser sempre isto

Em noites como esta, em que chove como se o mundo fosse acabar, sinto uma angustia profunda por todos os que dormem na rua.
(...)

Recebi flores

Um ramalhete generoso de margaridas brancas, sem sequer me ter portado melhor. Sejam quais forem, são as minhas preferidas: as flores brancas.

Gosto quando nenhum gesto de insensibilidade lhes rouba a candura.

Uma cura ao alcance de (quase) todos

Beber muita água. Dormir sem hora para despertar.

É assim que nos últimos dias, aos poucos e com muita paciência comigo mesma, avanço na minha recuperação.

Sobre os 125 euros do Governo

Quem dá uma esmola, há-de sempre correr o risco de que seja em vão. Mas quem faz o que pode, faz pelo menos a sua parte.

(...)

Eu sou dessas

Da que perante um trovão mais aceso, reza. É um dos meus grandes defeitos, ser dessas pessoas que quase só rezam na urgência. Acho que o que me salva é que trago sempre Deus no meu coração. E beijo muitas vezes os pés da Mãe, Rainha da misericórdia e do amor. Digo poucas coisas em pensamento. Muitas vezes - a maior parte das vezes - nem digo nada.

(...)

O ruído das árvores quando caem

O Tom e a Gisele também se separaram. É engraçado como os comunicados dos casais famosos que se separam são quase todos iguais; soam àquelas cartas-tipo, de apresentação ou despedimento, que encontramos aos pontapés na internet.

E depois aquela sensação quase tão ridícula quanto triste, de que casais-herói também sucumbem às pequeninas partículas de tédio desamor e desencanto, que se vão acumulando nos beirais das janelas dos dias das nossas histórias de amor, quase sem darmos por ela.

O dinheiro não faz, afinal, tanta diferença.

Brasil

Eu não seria capaz de optar por qualquer dos dois personagens. É incrível e assustador, faz-me mesmo confusão.

(...)

Da Força


Do poder espiritual.

Tão bom

Chegar e sentir o Outono instalado. Olhar para os tapetes de folhas na rua e abrir o coração para a estação do aconchego. Com a pele ainda cheia de sol e a alma cheia de sal.

M.

 


Foram dias bons. Difíceis às vezes, de limar arestas e acertar agulhas quando todos somos tão diferentes e eu fui quase todo o tempo um vulcão a controlar-me para não desbordar. 
Foram dias para sublinhar que o Amor é para ser levado a sério.
Tu minha pequenina fizeste-me rir e fizeste-me chorar, algumas vezes saiu-me algum palavrão; também me soubeste corrigir e soltar o monstro em mim uma vez entre outra - quem disse que faz mal?.
Foram dias de muita Luz, de muito aMar.

Na nossa Ilha.

Familia

 


O maior tesouro. A única herança.

Da Beleza

 








Dessa, que também nos cura.

Sindrome do espelho partido

Foi assim que eu fiquei.

Á toa, á procura da minha essência, perdida da minha personalidade. Submersa em sentimentos de muita tristeza, refém da depressão.

Agora sei finalmente o nome desta tempestade, sei o que enfrento, sei porque fiquei assim.

O mais duro é perceber o quão sozinhos temos que enfrentar estas coisas; mesmo os que nos são mais próximos, nem sempre sabem como amparar. E no meio da nossa profunda falta de forças, é preciso também compreendê-los.

Mas lavei-me no mar, chorei sozinha, fiquei em silêncio, deixei-me cair no colo da minha mãe como quando era pequenina e rompia um joelho. Os últimos dias foram os mais importantes na cura da minha espiritualidade.

(...)

Masterpiece