Numa conversa de casa sobre a Maria ter os pais certos para o tipo de menina que ela é, disse-me com total banalidade que eu sou uma mulher inteligente, como quem diz a maior verdade de todas. Nervosa mas inteligente. Fiquei a pensar que não me lembro de ter ouvido isso, se alguém disse foi há demasiado tempo de tal forma que não me lembro. O certo é que mexeu comigo. Aos 44, como se de repente eu precisasse muito de que alguém me dissesse calma, estás a fazer as coisas bem. E comove-me esta minha carência, esta falta de alimento ao ego, esta necessidade de feedback positivo, esta insegurança de quem não anda lá muito feliz.

Não estou bem, não estou a passar a fase mais fácil. Mas vou ficar bem. Esta bipolaridade dos meus dias dá passo a uma consciência que ao mesmo tempo confesso que me magoa muito: de que é sozinha que vou ter que me levantar. Vamos a isso.

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