Terceiro domingo do Advento

Domingo da alegria.

Curiosamente hoje sinto-me inquieta, tristonha. Saí para caminhar sozinha e senti-me quase estranha na cidade, reflexo claro de que estou já há demasiado tempo fechada em casa sem trabalhar. Depois aconteceu uma coisa minúscula quando cheguei a casa - não me apetece escrever sobre isso - mas que me plantou uma sombra no olhar.

De resto cá em casa a Maria tem tido um comportamento que denuncia excesso de várias coisas e eu não estou nada feliz com isso. Pedi á família contenção nos presentes mas acho que não é isso que vai acontecer. Anyway é Natal e eu não posso controlar a vontade e a carteira alheias. Mas conheço-me, vou ficar preocupada e de coração apertado por ver a minha filha deslumbrada com demasiado e a achar que é o centro do mundo. Eu e o pai dela também nem sempre estamos de acordo em relação ao que é importante para ela e isso é outra coisa que me preocupa. Mas pfffffffffffffffffffffff, respira fundo miúda, filho pelos vistos é isso mesmo: lição de vida para aprendermos que não controlamos nada.

Entretanto o Inverno faz-se anunciar no calendário dentro de uns dias, mas nós por cá já o sentimos. Confesso que só assim me sabe a Dezembro, a Natal, a aconchego. Parece que só quando chegam os dias de gelo a sério, se acendem as luzes cá dentro. E por falar em Natal, não sei como vai ser mas vou policiar esta boca. Descobri que estou muito cansada fisicamente e não podia ser de outra forma: estou quadrada de tão gorda, ao ponto trágico de me perguntarem uma e outra vez se estou grávida. Amanhã começo a correr. Se calhar tipo Forrest Gump, correr por razões mais profundas, até resolver cá dentro. E olha, pode ser que se note por fora.

Sem comentários:

Enviar um comentário