Esta semana tem sido imprópria para quem resolveu que já chega de antidepressivos.
Tirei duas manhãs para formação sobre parentalidade positiva - e quanto mais me dão pautas comportamentais, menos eu consigo lidar com a Maria -, fui a uma entrevista cheia de expectativa a pensar que era desta mas depois de apanhar dois bus e ir parar à cidade vizinha, num dia de chuva-diluvio, lá levei eu com mais uma decepção. Tive uma reunião no colégio da minha filha, consegui tomar café com duas amigas, passei na igreja para cumprir algo que me faz feliz. Hoje foi o dia inteiro a limpar e destralhar a casa. Não sei o que fiz do resto do tempo mas estou exausta. Pergunto-me como vai ser no dia em que tiver que preparar o bacalhau, as rabanadas, a aletria, os filhoses, o cabrito, o polvo. Vou morrer num Natal, de certeza.
Amanhã quero acordar cedo, a bem dizer a saga continua. No meio desta azáfama confesso-vos que sinto - continuo a sentir ano após ano - que o Natal é suposto ser outra coisa qualquer, mas não isto.
Entretanto tenho saudades da minha mãe. Não sei se vou conseguir que a minha filha um dia tenha assim tantas saudades minhas, só por ser Natal.
(...)
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