E hoje acordamos assim

Com um dia tenebroso de Inverno puro e duro. Uma chuva e um vento bem envolvidos no pior dos cinzentos-rato. Um dia assim, sem cor e sem luz, adverso. Ainda não eram as nove da manhã e já o vento rebelde me tinha amarfanhado dois guarda-chuva. O pior mesmo não são estes dias, são estes dias semanas seguidas, ás vezes meses. De tal modo que ficamos com a depressão colada à medula, emocionalmente albinos pela falta de sol.

Acordamos com a noticia das pontes dadas pelo Governo; no Colégio da minha filha notou-se bem a animosidade que isso causou nos funcionários públicos: há gente que infelizmente precisa de incentivos até para desejar bom dia aos demais.

Importante mesmo é que hoje o pai da Maria celebra 45 anos. Não estou num dia de grande alegria e entusiasmo, mas ainda assim ele é o meu amor e claro que vamos comemorar e claro que estou grata a Deus por os nossos caminhos se terem cruzado há mais de vinte anos.

Quanto à Maria, depois de uma semana em casa a comer-me o miolo, hoje foi azucrinar para o Colégio. A ver se logo regressa a casa mais centrada, menos umbigo centro do mundo. Sem duvida que os miúdos precisam de rotinas desde cedo, e dos pares para perceberem desde o inicio a relativa importância de cada um. Eu pensei em ir correr mas embora gorda não sou masoquista, com este temporal na na ni na não, nem pensar! De maneiras que já estou em casa, enfiei outra vez o pijama de ursa e vou pesquisar ofertas de trabalho. Um dia destes o telefone toca e esta pasmaceira acaba.

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