Das coisas que eu gosto no Pai da Maria

É delicado a pegar nela. Dá-lhe sempre banho. Quando lhe dá o biberão os olhares entre os dois fundem-se na coisa mais bonita que vi na vida. Muda-lhe a fralda quase por requerimento, mas quando o faz, faz-me sempre observações sobre a calça que já está pequena, o fato que não devia apertar atrás e sim à frente, o tecido que não é confortável, o dia que está frio e a roupa devia ser mais de agasalho (tal e qual uma Mãe). Passa as tardes com ela no sofá, ela deitada sobre ele, momento mais sossegado dos nossos dias. Em plena quarentena sai (de máscara e luvas pois claro) a vasculhar a cidade em busca da água especifica que ela bebe porque enquanto ele viver há guerra declarada às cólicas nesta casa. Tem uma infinita paciência para pseudo-brincar com ela e colocá-la de barriga para baixo de vez em quando. Ralha comigo e fica aborrecido quando me acaba a pilha, pega nela como quem me declara guerra e anuncia Hei-de salvar-te sempre filha, de tudo e de todos.
Coisa mais linda, história de Amor mais grande.

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