Ou do que eu falava num dos posts anteriores:
"(...)uma nova variedade de buscadores da felicidade, de felicicondriacos ansiosamente concentrados no seu eu interior, sempre preocupados em corrigir as suas falhas psicológicas e permanentemente apreensivos com a sua transformação e aperfeiçoamento pessoais.(...) Um mercado que vive de normalizar a nossa obsessão pela saúde mental e física (...) que insiste em que o sofrimento e a felicidade são uma escolha pessoal. Quem não instrumentaliza a adversidade como uma forma de crescimento pessoal é suspeito de querer e merecer o seu próprio infortúnio, sejam quais forem as suas circunstâncias particulares. (...) No capitalismo do século XXI, a felicidade tornou-se o bem transacionável fetiche de uma industria global e multibilionária. (...)."
Edgar Cabanas y Eva Illouz, in A ditadura da felicidade
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