Gosto mesmo.
Não sou de apanhar lagartixas à mão, mas também não sou de saltar para cima de uma cadeira quando vejo uma barata. Enfurecem-me os donos que trazem determinados cães sem açaime, e tantos sem trela. Confesso que algumas campanhas e lutas num mundo onde falta tanta coisa essencial, não fazem sentido nenhum para mim. Bichos são bichos e pessoas são pessoas, nunca confundi nem acho que os bichos precisem dessa nossa espécie de confusão emocional. Não compreendo o abandono ou o mau trato, nem a venda de domésticos. Já agora, a Maria nunca irá a um circo de animais; abomino.
Numa espécie de involução, enquanto o Homem está cada vez mais esperto, o bicho está cada vez mais inteligente (não notam?).
De resto tenho paixão por gatos, adoro cavalos e se pudesse ia para uma reserva aprender mais sobre os elefantes (o meu amuleto). Por vezes, tal como estou nesta foto, aos bichos gosto só de lhes passar a mão e sentir. São como árvores, munidos de uma energia limpa. São como velas acesas. Como as crianças ou como o mar, que só por existirem nos curam. Mestres da gratidão. São tão incrivelmente fiéis, algo que a grande maioria dos seres humanos não sabe ser.
(...)
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