Andamos às voltas com os dias e com a vida, a tentar perceber se somos capazes de fazer mais. A querer muito todos os dias encaixar este mundo louco lá fora na nossa bolha de amor. Porque não há outra forma para olear a máquina. Hoje conversei com a Maria sobre o facto de voltar a trabalhar e não ter todo o tempo para ela. Resumi tudo a que nos próximos dias ela vai ter que tomar conta do papá e de mim, que eu vou ter que tomar conta dos dois e que o papá vai ter que tomar conta de nós as duas. Dei-lhe o exemplo dos dedos das mãos entrelaçados forte uns nos outros - disse-lhe que vamos ter que ser assim o tempo todo, sem margem para preguiças, pelo menos neste primeiro mês de mudanças radicais nos nossos horários. Franziu a testa, visivelmente pareceram-lhe contas a mais. É tão pequenina, que por momentos duvido muito de tudo. Se não devia fazer o que faz uma fatia significativa da sociedade, ficar de papo para o ar a viver de subsídios. Mas não sou capaz, nunca foi uma possível forma de vida para mim, não é de todo o que quero para a minha família.
Só preciso de muita sorte neste recomeço. E seja o que Deus quiser.
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