Aquela progenitora

Não posso ser critica, ter voto na matéria, whatever, para julgar uma mulher de 22 anos que viveu uma gravidez na rua, sabe-se lá bem em que reais condições, que deu à luz na rua também ela abandonada à sua sorte. Parece-me tudo tão duro e cruel que não me alargo a reflectir sobre isso.
Mas minha gente, é preciso separar o trigo do joio.
Hoje ouvi comentadores televisivos a tocar na hipótese de este bebé voltar para os braços da progenitora, criando para isso melhores condições para ambos. A sério? Fico chocada.
Fosse qual fosse a triste sorte daquela mulher, ou a condição mental dela no momento, foi uma tentativa de homicídio. Sem floreados, foi isso que foi.
A realidade crua?
Ambos a viver na rua; ela tentou matar o próprio filho, ele voltou atrás para tentar salvar o que pensava ser um gato. Mais uma para o Bergeret.
Esse fosso atroz entre os seres humanos há-de sempre existir, quer estejamos a falar de sem-abrigo ou de alpinistas ou de gente com vidas comuns.

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