Tenho um sobrinho quase a nascer, por horas ou dois ou três dias. Fico ansiosa e com muita pena de não estar perto da minha irmã. Nem sequer os primos crescem juntos e nem posso vislumbrar quando levarei a Maria à praia junto com os primos pequenos, em manada e algazarra. São estas as coisas mais simples que me preocupa não viver. De resto sinto imensa falta do colo da minha mãe. Contra ventos e marés, além dos nossos conflitos, nunca nenhumas mãos no mundo serão para mim como são as dela. Deve ser por isso que nos últimos dias ando com muitas saudades do mar, porque aquela linha do horizonte me leva para mais perto deles.
Isto das famílias tem muito que se lhe diga. Crescemos nelas, e como alguém disse e muito bem, aprendemos o amor e o ódio em data e importância. Depois com os anos damo-nos conta de que tantas coisas que não gostávamos nos nossos pais, estamos a repetir. Alguns filhos viram mesmo verdadeiros clones dos pais, que susto. Tal a importância do que nos une e do que nos identifica.
O meu processo de maternidade não está a ser fácil, no sentido de que não sou daquelas que afirmam que nasceram para ser mães. Não, tenho tido dias bem de guerra. Em que tento ajustar-me, falho redondamente e penso para comigo se alguma vez vou ser capaz de fazê-lo realmente bem. Do que não há duvidas é de que este é o melhor e o mais bonito desafio da minha vida, e estou muito grata a Deus por ter-me dado a oportunidade de ser mãe.
Haja Saúde!
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