Esta nossa velha mania de acharmos que somos os maiores, leva-nos a isto: a muito confundir conviver com covidar. Acontece exactamente o mesmo com crianças mal comportadas, se lhes passarmos a mão pela cabeça e lhes dermos uns quase parabéns - como fizeram os políticos ao tecer rasgados elogios ao comportamento do povo numa altura em já se percebia uma certa irresponsabilidade generalizada - é garantido que o erro vai perpetuar.
Também não somos os piores. Mas já começamos a andar nas bocas do mundo por razões menos boas, e o preço a pagar no turismo pode ser elevado demais.
E já ninguém pensa que amanhã num repente, nos podem fechar em casa outra vez. Desta vez como meninos mal comportados, perigosos para a vida em sociedade. Já não é só o vírus, somos nós.
Como diria Fernando Pessa: E esta, hein?
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