Acho que todas nós vamos acertar muito mas também errar muito, sempre, enquanto mães. O fundamental é que nunca seja por desamor. Todas nós temos o privilégio de poder criar um ser à nossa semelhança, é bom que o façamos sem transmitir que somos melhores do que todos os outros no mundo, porque ninguém é. E baixem as armas por favor, as nossas crianças não precisam assim tanto de tantas certezas absolutas. Se formos mães preocupadas e atentas, que encontram valor na partilha, já é tanto, já é tão bom.
Expressão da minha terra que significa coisas tão diferentes e opostas como repugnância, enfado, surpresa, alegria, alivio, espanto. Expressão que me lembra a minha avó e me une à minha África-berço que não conheço. Uma palavra inteligente, que obriga a interpretar por inteiro a frase, incluindo a entoação e o sorriso ou a interrogação que dela fazem parte.
Entrei num site de mães para tentar fundamentar uma ideia, ou vá orientar-me numa duvida, coisa insignificante. Com que idade devo furar as orelhas à Maria. Ela está mesmo a cumprir os cinco meses e não tem que ser já, mas tenho a ideia de que a partir de determinada altura será pior pelo facto de ela gesticular cada vez mais e poder ter tendência a andar lá com a mãozita logo após furar. Fiquei perplexa com a quantidade de mães que acham que sabem tudo, que têm o poder da certeza, que julgam todas as outras que fazem ou pensam diferente. Que argumentam com agressividade e ridicularizam todas as que têm uma vontade ou opinião contrária. Pelo amor de Deus, cabemos cá todas. Que importa se eu gosto de comprar roupa para a Maria na H&M e a minha vizinha na Benetton? Por acaso uma criança de orelhas por furar é mais feliz do que uma com orelhas furadas?
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