Quando a médica me confidenciou que chegou a pensar que eu não chegaria a esta fase da gravidez, e que já passei por tanto que agora já só tudo me pode correr bem, tive medo.
Medo pela Maria, pelo pai dela, por mim, pelas avós, pela minha médica que tem sido ao longo de todo este processo uma verdadeira amiga, medo por todas as pessoas sinceras que nos rodeiam e torcem tanto por nós.
Medo das surpresas, medo de não estar à altura dos desafios. Pavor de a perder, agora, depois de já conhecer aspectos da personalidade dela como mais ninguém conhece na vida, nem exame algum médico. Medo de ter que voltar ao mundo de mãos vazias. Medo do estado em que possa ficar depois do parto, ela vai precisar de mim.
(...)
Das sensações mais extraordinárias é que desde que estou grávida que me sinto especialmente protegida por ela, a minha filha. Isto nunca saberei explicar.

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