Tenho percebido nos últimos tempos que cada um constrói o seu caminho. Mais ou menos como pode, mais ou menos como sabe.
Tenho trabalhado em mim a regra do silêncio. Para lutar pela aceitação de tudo aquilo que não é porque não tem que ser. A maior parte das vezes ficamos à espera dos outros para viver. E os outros, são só os outros, apertados também nos seus mundos e sonhos, como nós.
Concentro-me no meu papel de mãe e percebo que isso em nada é redutor. Permito-me desistir por horas. Permito-me o cansaço, e ser mortal. Não quero esperar nada de ninguém, e isso tem sido particularmente difícil de praticar. Porque toda a minha vida tem sido uma espera, e estou cansada. Quero ser a partir deste ponto do caminho, o monge que cozinhou arroz em silêncio durante doze anos, para os outros monges comerem.
Após a tristeza, que nos últimos dias tem-me superado, que nada mais me perturbe Senhor.
(...)
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