E eu quentinha no sofá a ver um programa sobre Angola, na RTP2. Angola, a minha terra, que eu não conheço.
Lembrei das conversas do meu avô ao ver imagens do Lubango, e das palavras da minha mãe sempre que recorda Angola. Quanta beleza: as vistas desde o Cristo Rei; a Serra da Leba; a Fenda da Lundavala; as acácias rubras!
E foi assim que decidi a minha lua de mel de sonho: dormir no Pululukwa Lodge (pululukwa significa descanso), definido nas palavras do administrador como o local perfeito para alimentar a alma, com respeito pela natureza. Jantarmos um cherne envolvido em folha de bananeira e comermos um doce de jinguba com manga decorado com flores capuchinhas. À noite no meio de pequenos foguinhos acesos, assistirmos ao espetáculo mágico de uma dança africana.
Acabei por chorar a ver o programa. Foi a primeira vez que despertou em mim a necessidade de lá ir um dia destes. Antes de morrer.
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