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Está claro que nós não somos o vírus, que isto se vai resolver, que há muita competência e incompetência ao redor, que se calhar foram os chineses, que se calhar foram os americanos, que se calhar é só um vírus que surgiu, que no Peru e em África davam tudo para ter um confinamento tão difícil como o nosso, que uns se isolam, que outros passeiam, que só daqui a uns anos numa análise à História é que saberemos quem foram os certos e quem foram os errados, que enquanto tivermos profissionais de Saúde a trabalharem sem material de protecção não somos um máximo a lidar com coisa nenhuma, que parados empobrecemos, que nas ruas adoecemos, que algures na China continuam a comer pangolim.
(...)
E de repente um dos nossos fica seriamente doente; tão doente que o podemos perder.
Tudo o resto fica ruído de fundo.

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