Setembro é um bom mês para limpezas, para começos e recomeços, para tomar decisões, para mudar de pele. De repente a chuva já está aí outra vez, para ficar por seis meses. O frio revigora e as pessoas desfilam botas e casacos porque o inicio das estações é sempre um refresh para os adictos da moda.
Pergunto-me o que são pessoas bonitas.
Esta manhã quando levei a Maria ao colégio percebi descuidos evidentes em algumas crianças que chegam ao mesmo tempo que a Maria. Batas cinzentas e engelhadas, cabelos por pentear, unhas grandes e sujas. Eu sei que o mundo não são as minhas quatro paredes, e a vida dos outros não me diz respeito. Mas não consigo deixar de reparar. A base é o principio. E quando isto falha em crianças tão pequenas, confesso que me choca. Porque há gente muito pobre mas com base muito sólida. Pessoas bonitas são as que não criticam a vida alheia, pode ser. Mas pessoas bonitas para mim, são as simples, as de trato elegante, as que mesmo quando não gostam percebem a importância das regras. Pessoas bonitas falam baixinho (tenho que aprender isto), sorriem, gostam de saber, discutem assuntos com tolerância e respeito. Pessoas bonitas sabem que estão neste mundo para fazerem o Bem e para serem felizes. E depois ponham-lhe um Rolex, que também gosto muito e adoraria ter um. Mas bonito mesmo é o que cultivamos cá dentro, o que segue connosco, mesmo numa cama de Hospital.
Em Setembro que quase termina, ainda vou a tempo de começar arrumações profundas. Criar espaços vazios fora e dentro de mim.
Leveza, conforto e simplicidade. Olé.
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