Acho que não é novidade para ninguém que o mundo é uma ferida aberta. E que nós seres humanos nos habituamos ao sofrimento alheio com aterradora conformação. Mais uma pateira, a chegar a Hierro, que afundou. Com cinquenta pessoas, entre as quais várias crianças, primeiro enfrentaram o terror da viagem, depois com terra à vista moveram-se todos por ignorância e por alegria para o mesmo lugar do barco, que cedeu. Um mar cheio de corpos, peixes que já vão sendo carnívoros.
Aquela gente tinha esperança. Tinha objectivos. Alegria que move.
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