Basicamente a deixar-me ir com a corrente. Sem muita força anímica para fazer braço de ferro com gente teimosa - às vezes acho que a minha filha veio educar-me nessa capacidade de "let it go" que não é grande em mim. Mas tenho-me sentida vencida por uma espécie de cansaço, e fica mais fácil ficar calada e deixar acontecer. Sinto uma intolerância grande mas silenciosa, a gente má, a adversidades provocadas, à teimosia por egoísmo. Talvez seja só uma boa defesa num estado limite, ou por fim algum laivo de sabedoria aos quase 50.
Na verdade, eu sou um grão de pó. E o que importante é o aqui e o agora, foi o dia esplêndido que a Maria passou nas piscinas, foi o primeiro grande esmurrão dela nos joelhos (escusava de ser no dia da criança!), são todos esses momentos raros de silêncio e sossego, é a casa limpa e arejada (gosto muito), é voltar a ler (porque já antes, muitas vezes, foram os livros que me salvaram de muitas coisas e de muitas pessoas, presentes e ausentes).
A vida é mesmo uma coisa muito breve. Os dias mais difíceis ainda estão por vir. Quero só estar sossegada, e ser feliz na minha concha cheia de mar e amar, onde só cabemos os três: eu, a Maria e o Luís.
(...)
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