Não são os outros, somos nós.
Eu continuo a ter expectativas sobre os outros, eu continuo a querer os cem por cento de entrega num mundo em que a maioria faz cinquenta por cento e está tudo bem porque fez a sua metade-parte-consciência limpa. Eu continuo a comover-me tanto com a fúria de Jesus à entrada do Templo, porque a sujidade nas pessoas adoece-me mesmo. Mas continuam a ser os outros a roubar-me a paz, não consigo pular esta pedra.
Esta semana sofri uma agressão grave, e chorei sozinha, descontroladamente. Percebo que já não falo com ninguém, não quero; e ao mesmo tempo isso entristece-me.
Sobre o que aconteceu, podemos não agradar a alguém mas isso não dá o direito de agredir. Mas talvez este seja só um caminho que eu tenho que percorrer, e um dia tudo faça sentido.
O covil de ladrões que enojou Jesus à porta do Templo é real, existe à porta de muitas portas que cruzamos todos os dias.
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