Hoje a nossa menina abriu mão de algo muito importante para ela: a chupeta, chamada carinhosamente desde sempre por pé. Já só a usava para adormecer. Resolvi pedir ajuda à educadora e fiquei a saber que no colégio têm um ritual de levar os pequenos à sala dos bebés para deixar lá ficar a chupeta. E foi o que fizemos. Para ela foi uma espécie de marco no crescimento. Entregou a pé à Manuela que também cuidou dela quando ela era bebé, "para dares ao primeiro bebé que chorar". O primeiro luto da minha menina, que nos custou tanto. Eu só queria pegar nela ao colo e abraçá-la muito, mas ela tão firme e sem choro à vista: "não mamã, não vês que eu já sou crescida!". Quando chegou à sala iam fazer uma roda sentados no chão, para a Maria contar a todos os amigos que já tinha deixado a pé. Parece ser que lhe bateram palmas. Tipo alcoólicos anónimos, achei engraçado. Uma forma interessante de eles tão pequeninos exorcizarem as dores e até mesmo de se sentirem valentes e corajosos.
Obrigado meu Deus, por me permitires tanto no meio de dias tão difíceis que atravessa o mundo.
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