Vimos há dias na televisão a imagem de um menino, de uns 7 ou 8 anos, a chorar e a gritar desesperado, enquanto falava de vingança e contava que tinha ajudado a transportar um corpo decapitado.
Sem queremos a Maria assistiu, e mesmo não lendo as legendas, naquele instante ela ficou tal como eu, perplexa a olhar para o desespero daquele menino palestino. E depois seguiram-se algumas perguntas.
Depois de irmos fazer outras coisas, encontrei a Maria de joelhos a por qualquer coisa debaixo da porta de entrada da casa: "É uma carta mamã! Escrevi uma carta àquele menino, para ele não ficar triste, que ninguém vai matar a ele e aos papás dele."
E era esta a carta: um desenho. Onde as mãos, o olhar e a boca, mostram que ela viu o mesmo menino triste e desesperado que eu vi. E que ficou preocupada com ele.
"Mãe porquê que os homens fazem a guerra?"
Ainda não são preocupações para a tua idade filha, nem eu queria que fossem nunca preocupações para ti ou para qualquer outra menina ou menino no mundo, em idade nenhuma.
(...)
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