Expressão da minha terra que significa coisas tão diferentes e opostas como repugnância, enfado, surpresa, alegria, alivio, espanto. Expressão que me lembra a minha avó e me une à minha África-berço que não conheço. Uma palavra inteligente, que obriga a interpretar por inteiro a frase, incluindo a entoação e o sorriso ou a interrogação que dela fazem parte.
Só o RAP
Para tornar a coisa divertida!
Não há massas para gastar neste Natal, não há mesmo. Poderia ficar triste com isso mas estranhamente não é o caso. Ainda hoje dei uma volta na baixa e pareceu-me tudo tão anormalmente caro que eu estando desempregada fico de fora. Tenho os três aniversários mais importantes da minha vida entre Dezembro e Janeiro: a minha filha, o pai dela e a minha mãe. Com eles vou fazer a minha pequena extravagancia (e ficar lisa), são datas especiais. Este ano nas festas vou ser pouco generosa em bens materiais, mas curiosamente não me lembro de me sentir de coração tão cheio. Por isso vou distribuir beijinhos, chocolates e abraços. E muitos desejos de coisas boas, sorrisos e pós de perlimpimpim.
As coisas são só coisas. Continuo a preferir uma camisola boa em vez de dez fracas, mas cada vez sou mais desprendida de bens materiais. Não me importa não receber (nunca me importou, acreditam?), já não me importa tanto não dar se não puder dar. É assim a vida e em nada me parece trágico que assim seja; trágico é passar fome e frio. E não ter Natal à mesa com a Família.
Felizmente o riso bom das crianças ainda não depende de ganhar setecentos brinquedos. Nós os adultos é que achamos que sim.
Abraços, muitos abraços apertados. Que é o que faz mais falta às gentes.
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