Meu aniversário. Foi na passada terça-feira mas apesar de estar a viver uma vida de dona de casa e só ter uma filha, só hoje consegui vir cá escrever:
Duas cadeirinhas viradas para o Sol, é assim que quero que seja o meu novo ano de vida.
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O que almejo? Um emprego top, onde eu seja feliz e faça feliz. Tudo o resto já tenho, e com imensa gratidão peço a Deus que se mantenha.
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Aniversários são patamares. A gente chega, inevitavelmente detém-se, reflete, pratica o exercício maior da gratidão - porque estar viva é a grande dádiva - e fica ali algum tempo a fazer o balanço, especialmente depois dos entas. Sinto que envelheci por dentro e por fora. Estou feliz por ser assim porque não é mais do que o fluir normal do curso da vida. Estou cá. Trago um olhar de desencanto sobre o nosso mundo, mas ao mesmo tempo estou ainda mais atenta às pequenas grandiosidades milagrosas de todos os dias.
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Cá em casa passamos os três o dia juntos. Os meus dois Amores cantaram-me os Parabéns a plenos pulmões, apesar de termos a COVID entre nós. Foi o melhor aniversário de sempre: chovia tenebrosamente lá fora e nós fechados na nossa bolha de Amor e Fé.
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O presente que dei a mim mesma: reconciliar-me com a Vida. Abrir de novo, de par em par, as janelas da minha alma.
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