Eu sei lá

Após a maternidade, e com o esganar dos dias, com os nossos empregos agressivos, com a incerteza e o medo de tudo que agora desenvolvemos, com o cansaço que todos sentem mas que ninguém consegue explicar muito bem de onde vem - deve ser do Outono - que se tornou endémico ao ser humano e que nos mina a energia e alegria, a euforia e o tesão; o prazo de validade dos casais está cada vez mais curto. Também acho que hoje em dia já ninguém tem paciência para colar cacos, já nem se usa sequer. É grave quando o sexo deixa de acontecer numa contagem que ultrapassa dias, semanas, e entra na contagem de caixas de pilula inteiras sem acontecer. Mas mais grave ainda é não tentarmos perceber os timings que os miúdos nos exigem, a pressão que o passar dos anos implica às ambições ainda não cumpridas, as diferentes fases da vida em que há menos sexo mas há mais amor.

Se um dia tiver que me separar do pai da minha filha, há-de ser por muito mais do que falta de sexo. Mas que nunca nos falte.

Eu sei lá...

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