Uma mota à tio Carlitos

Daquelas que há trinta ou quarenta anos atrás eram as rainhas da poluição sonora. Rasgou o silêncio da noite às 4h14m da madrugada, num percurso longo a percorrer estridentemente aquela que é a segunda rua mais longa da cidade, naquilo que pareceu um zumbido irritante interminável.

E o velho do andar de cima, que viveu anos no Brasil. Á mesma hora a sintonizar o que quer que fosse a vomitar noticias em brasileiro (deu-lhe as saudades), num volume obsceno.

Não se dorme mais, só se fica com a pseudo-depressão ao rubro, com uma vontadinha louca de fugir para bem longe. Destes dias, destas pessoas.

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