Fim da montanha russa de emoções. Rumou à casinha dela e deixou a minha muito mais vazia. Nunca vou conseguir explicar estas coisas do Amor entre uma mãe e uma filha que nunca tiveram, não têm nem nunca hão-de ter os ponteiros dos afectos afinados. Ficou em mim um alivio grande por voltar ao sossego do meu núcleo duro, ao mesmo tempo uma tristeza fininha que machuca quieta, como o que é, uma coisa só minha, uma dor que não se explica nem localiza, por tantas coisas que nunca vão ser como eu gostaria, pela incerteza que mora no coração dos meus erros, como se eu tivesse todas as razões para não perdoar coisas, e ao mesmo tempo todas as duvidas sobre se é isto que faço com ela agora que envelheceu, o Amor.
Sobre a minha mãe poderia contar-vos tantas coisas boas quantas más. No entanto, agora que começa oficialmente o período longo das saudades, quero apenas gritar ao mundo que não quero que nada de mal lhe aconteça. Não suportaria.
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