As relações, tal como na generalidade evoluem nos dias de hoje, são pautadas por modernidade mas continuam presas na névoa do egoísmo, da indiferença. Não como no tempo dos nossos avós e pais, em que o egoísmo era o espelho de um machismo inquestionável, em que num pós-parto eram os homens quem comia a galinha das canjas lá de casa e ainda hoje nos contam isso como se fosse um grande feito. Falo de um egoísmo fency, de uma indiferença vestida quase de estilo. Porque hoje duas pessoas conseguem viver em duas casas diferentes no mesmo Tzero. E é tão moderno, e é tão normal; é quase elegante. 
Queremos sempre alguma coisa que não temos, fazemos sempre muito pouco por aquilo que damos por conquistado. A maioria das vezes esquecemo-nos de ser gentis, de fazermos a diferença na vida daquela pessoa com quem escolhemos partilhar os nossos dias. Falamos de amor como quem fala do carnaval, envelhecemos depressa e deixamos o coração desacelerar como se tudo fosse perdendo importância.
Depois de sete mil dias de falta de sal e pimenta, nem sabemos mais a que sabe um grande amor.

Prometo ficar atenta.

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