Basicamente depois de termos a minha mãe cá em casa um mês e meio, achei que devia focar-me em prioridades. Não deixar acumular as vidas de casa, dormir o mínimo indispensável e decente, focar-me no trabalho porque não sei os outros mas eu preciso muito do meu. Fora disto não tenho conseguido mais mas a realidade é que começo a aprender que não tenho margem para dispersar energia e esforços. Era algo que me agoniava, não ter tempo para os outros. Mas as nossas vidas estão de tal maneira agressivas que isto de nos focarmos no núcleo duro é quase uma lei de sobrevivência. Eu sei, um dia olhamos e onde estão todos? Foram viver as suas vidinhas, pois claro. Mas não, eu não penso assim. Acredito que quem ama, há-de sempre encontrar e saber o caminho, que pessoas que se querem de verdade não se perdem com a distância ou com os dias acelerados. Criar um filho exige esta disciplina e esta capacidade de destralhar a nossa vida e os nossos dias. Simplificar, é a palavra de ordem. Sem pesares.
Vitórias? Esta semana consegui dormir uma boa sesta. E visitar um museu com a minha filha.
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