De andar por lá sozinha. De molhar os pés. De energizar a alma. Preciso da canção e da água viva, preciso de me oxigenar. Porque o peso das coisas tristes às vezes causa em mim uma carência de sal grosso em água da mão de Deus. É sempre assim nesta altura do ano, fico introspectiva e pouca coisa me desamarra como o mar. Umas férias da Páscoa na minha ilha do coração, isso é que era!
Nos últimos dias tenho feito aquilo que mais gosto: observar o comportamento humano. Deveras interessante e ao mesmo tempo impactante pelas diferenças atrozes que encontramos em dois seres humanos a viverem num tempo comum. Tenho assistido a muita deselegância no trato entre pessoas, muito maldizer, muita má intenção. Acabo mais murcha, meio decepcionada; daí precisar do mar para lamber as dores.
É fundamental tratar bem o outro, essa é a mensagem. Seja ele quem for, venha ele de onde vier, vá ele para onde for. Tratar bem o outro. O resto é a vida que acerta, que afina, que doutrina.
Pessoas que se acham mais importantes, têm essa tendência, a de destratar. Desconhecem que todos somos milimetricamente igualmente importantes.
Foi por causa desse desconhecimento que tantos se juntaram um dia para abandonar Jesus. E hoje continuamos a fazê-lo, sempre que ignoramos o sofrimento alheio, sempre que causamos sofrimento porque achamos que por alguma razão temos esse direito.
(...)
De resto acho que inventamos as amêndoas e o pão de ló de Ovar porque precisamos mesmo de adoçar tanto azedume. Eu gosto, adoro. Mais uns quilos no lombo, é o que é.
Boa Páscoa.
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