A COVID chegou cá a casa, mãe e filha em modo turbulência e isolamento por uns dias. Devo dizer que Deus à sua maneira é sempre generoso connosco, no sentido de que quando ficou o pai, nós estávamos negativas e agora que estamos nós, temos o pai negativo. Facilita muito vidas e satisfação de necessidades extra cativeiro.
De qualquer forma aborrece-me imenso esta sensação de que eu nem sequer tirei a máscara com o fim da restrição, mantive aliás todos os cuidados; eu que não tinha tido COVID antes, fiquei doente agora. São milhares de pessoas sem máscara nas ruas, são queimas das fitas com os miúdos eufóricos a celebrar por dois anos, são festivais de Verão todos aí à porta; alguém acha que esta libertação da manada poderia dar outro resultado? Ao mesmo tempo é imperativo retomarmos a normalidade nas nossas vidas e compreendo todos aqueles que têm necessidade de recuperar todo esse ar fresco perdido nos últimos tempos. O próprio governo maquia a situação para pelo menos passem para cá a meia dúzia de patacas do turismo e o emprego se segure uns meses. Se o vírus for ficando fraquinho, com uma gripe normal podemos bem nós. O pior é se este é precisamente o cenário ideal para novas mutações, e estamos só a ignorar e a ser muito irresponsáveis.
Morreu demasiada gente. Ficamos todos fechados por demasiado tempo. Muita incerteza e medo.
A ver vamos. Eu vou continuar a ter cuidado.
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