Já depois das árvores se terem coberto de rebentos de folhagem nova, chegam dias de chuva e frio. Sabíamos que a chuva viria, alguns de nós rezamos pela chegada destes dias. Agora que chegaram, juntam-se a uma tristeza gelada, que cresce cá dentro a cada dia que passa naquela Ucrânia a viver horrores que nem fazemos ideia, nós os que nunca vivemos uma guerra fora dos livros. E se lhe acrescentamos um rosto, se conhecemos alguém que está lá no meio das bombas e do horror, tudo ganha uma dimensão bem diferente.
Assim, a esta adversidade do tempo, junta-se a falta do calor da Paz que já não sentimos.
Pensar que um dia a minha mãe viveu uma guerra assim. Pensar que a minha filha não está livre de o viver.
(...)
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