(...)
Expressão da minha terra que significa coisas tão diferentes e opostas como repugnância, enfado, surpresa, alegria, alivio, espanto. Expressão que me lembra a minha avó e me une à minha África-berço que não conheço. Uma palavra inteligente, que obriga a interpretar por inteiro a frase, incluindo a entoação e o sorriso ou a interrogação que dela fazem parte.
Do que eu não gosto
De três semanas seguidas de céu cinzento. De guarda-chuvas. De tatuagens. De piercings. De unhas de gel. De gente sempre zangada. Do pessimismo alheio. De quem não diz bom dia. De meias de leite mornas. Do meu cabelo. Das áreas comuns do prédio onde vivo. Do racismo. Da falta de educação. De cozinhar. De casas sem janelas. De carros, e ainda menos de autocarros. De vizinhas alcoviteiras. Das birras da Maria. Do cheiro a cigarro. Da falta de sensibilidade. Da minha pouca tolerância ao calor. De papaia. De nail art. Do novo. De alturas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário