Não sei como, mas tenho-me aguentado. Ao fim de uma semana dura de oito dias seguidos de trabalho, com apenas um dia para descansar, acordei a sentir-me toda eu um pedaço de cartão velho, com as mãos cheias de formigueiro e hoje com a cara inchada. Faltam-me dois dias de trabalho, não para descansar mas para poder concentrar-me na cirurgia da Maria. Ela é um anjo, nem dá pelo que por aí vem, por mais que já tenha conversado com ela sobre a cirurgia. O Luís foi um querido este fim de semana, só faltou carregar-me ao colo. Não tenho tido tempo para pensar em tristezas e afins, o que estranhamente tem dado espaço para que surjam alguns raios de Sol cá dentro: dizem que em tempos de guerra não se limpam armas e tenho vivido em modo de ação, sem margem para mais. E de resto a minha mãe está a chegar para ficar connosco cá em casa cerca de um mês e meio.
Vai tudo correr bem.
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