Muitas emoções

Os últimos dias têm sido uma espécie de montanha russa. Salvou-me uma ida a Fátima, para me lavar o coração em modo sobrevivência, e pô-lo a corar ao Sol. É a minha mãe e o pai que nunca quis saber de me cuidar a tratarem de um divórcio que não assinaram, e a meter toda a gente na alhada. Foi o reencontro com irmãos, mas de todos em especial com a minha avó Emília. Foi receber um telefonema com uma proposta de trabalho irrecusável, algo tão bom que iria mudar a nossa vida para sempre, basta dizer que íamos poder comprar casa no Porto, com os preços proibidos que se praticam no momento. E que eu recusei. Por razões impossíveis de negociar mas que me deixaram com um nó na garganta. É a casa em pantanas porque a minha mãe trepa paredes para me lavar até os tectos, parece que vai morrer a seguir e quer deixar-me tudo em ordem. É a Maria que só quer ver vídeos parvinhos e diz-me que quer uma roupa igual à da Wandinha, e eu nem sei quem é a criatura. Sou eu que choro a ver televisão. E que estou gorda e já me incham os pés numa simples ida a Lisboa. São muitas coisas, mas não me apetece escrever mais.

Sem comentários:

Enviar um comentário