O ano da mudança


2022. O ano em que mudo por dentro, em que tanta coisa muda do lado de fora. Não tenho mais paciência para algumas pessoas, eu nem sequer quero ter. Aprendo já tarde que preciso urgentemente de poupar e pensar no futuro, que pode afinal não ser nada fácil. E que tudo é demasiado breve para vaidades tolas. Que a Maria é mais do que a sorte grande, ela é a semente que me foi confiada. E é nela que tenho que depositar tudo o que em mim houver de esperança e amor intactos. 
O ano em que acordo das histórias de encantar, mas o ano também em que fico de espinha dorsal mais ereta. Envelheço e sinto-o, estou mais cansada.
O ano para aprender o difícil exercício de não temer: Deus está presente.

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