Os dias tem acontecido sem grandes atribulações. Trabalho, sujeição, sempre muitos porquês que coloco a mim mesma, pausas para gratidão, tempo para perceber o quase impercetível Outono que já se instalou (chega sempre antes do mês de Agosto) e para olhar o futuro a pensar no que realmente precisamos.
Não precisamos de muita coisa. Gostava de conseguir horário para ir buscar a minha filha todos os dias, nem que ela seja a ultima criança a sair do colégio. Gostava de encontrar ritmo e sentir-me confortada de sonos. Gostava de continuar na minha simplicidade, e na minha paz. De respeitar sempre o desrespeito dos outros - cada um dá o que tem dentro no momento e nenhum de nós é soberano no julgamento. Gostava de ler mais e de brincar mais com a Maria. De dormir noites frias abraçada ao meu Luís.
Tenho estado ausente de todos, menos de nós. Deus sabe que não tenho tido capacidade para mais.
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