Tem sido vividos sem grande tempo para parar. No entanto, pelo meio dos tão contraproducentes e nocivos relógios apressados das nossas vidas tolas - acredito que é assim que tudo parecerá visto de lá de cima, de longe ou de algures - houve tempo para uma manhã de piscina e bons abraços apertados a três debaixo de água, houve tempo para assistir a um funeral onde o discurso de uma neta me comoveu profundamente, houve tempo para perceber que um colega de trabalho não estava bem o que se confirmou com um enfarte do miocárdio poucas horas depois, houve tempo para perceber que tudo aquilo que vivi no passado é o que agora perante cenários intensos me faz ser mais calma e ponderada.
De resto precisava de dormir dois dias inteiros! E que o Verão do meu contentamento chegasse de uma vez: sem aqueles terríveis dias ventosos que temos tido, sem aqueles golpes duros de tardes de sol doentio que eu abomino. Até o tempo parece stressado, sei lá. É sempre tudo too much e eu nunca gostei de extremos. Mas entretanto já comemos cerejas e gelados e está tudo de saudinha: nada a reclamar portanto.
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