Nos corredores do Hospital um dos aspectos que me impactou foi a forma desligada e até com certo humor com que diferentes elementos de distintas equipas de trabalho vivenciam os dias ali dentro. Uma espécie de defesa compreensível, que algumas vezes roça algo a que não sei que nome dar mas que não é bonito. Primeiro ria com eles, como faz qualquer principiante para se enturmar. Mas com o passar dos dias percebi que aquilo não fazia parte da minha natureza, nem eu quero nem tenho necessidade que faça. Pelo que encontrei a minha forma pessoal de estar: em silêncio quando vou pelos corredores, vou rezando uma Ave-Maria e um Pai-Nosso pelo alivio das dores e sofrimento alheio.
Há mesmo muito e sério sofrimento ali dentro. Silêncio e oração não devem ser demais.
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