E o ano quase termina. Um ano muito especifico, que nos tem ensinado tanto sobre a nossa resiliência comum. Aquela resiliência inata ao ser humano, aquela que não é só dos fortes ou dos desenvolvidos, aquela que todos descobrimos que temos naturalmente quando acontecem fatalidades. Alguém seria capaz de imaginar, alguma vez na vida, uma época natalícia com os comércios fechados nos feriados? Entre tantas outras coisas que temos sido capazes de viver, e que afinal é disso mesmo que se trata: temos sido capazes. Porque somos e seremos sempre, bem mais fortes do que pensamos.

Tenho corrido tanto. Todos os dias. Tenho trabalhado o mais que posso, procuro abraçar tudo o que a vida me vai propondo neste Dezembro cheio de luta. Cá em casa os dias sucedem-se iguais, numa monotonia que aborrece mas basicamente temos saúde, paz, contas pagas e amor, que não é pouca coisa. A esta altura existem pessoas a enfrentar dificuldades verdadeiramente sérias como consequência desta pandemia. Existem pessoas a reinventar-se a cada segundo para evitarem a queda, e fazem-no com uma esperança comovente. Se essa gente tem Fé, quem sou eu para esmorecer.

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