Em 2022 mais de metade ido, ainda cá andamos aos trambolhões a aprender a cair. Hoje o nosso governo vai ditar novas medidas de apoio à população por causa de uma inflação que nos esgana. Digamos que a pandemia já nos habituou a todos a viver num permanente à espera de novas medidas, num mundo que se torna mais e mais cansativo e menos justo.
Este prédio "nasceu" aqui perto de casa - que eles agora nascem mesmo como as ervas daninhas, de um dia para o outro. Reparei hoje que no topo alguém colocou a bandeira da Ucrânia. Aquela gente continua em guerra, já se deixou de contar mortos e eu continuo sem perceber que em nome do poder ou da liberdade, uma monstruosidade assim se justifique.
E em Angola, na minha terra que eu não conheço, aqueles jovens a reclamarem desesperados por comida e educação, a tentarem pedir ajuda através de um voto politico e afinal tudo amanhece igual porque os homens do poder estão demasiado ocupados com contagens polémicas para perceber que é mesmo urgente permitir um horizonte aos povos, sobretudo aos jovens que são quem vai atuar no futuro.
No Paquistão aquelas cheias a matarem tanta daquela gente que já é tão pobre, num retrato imediato de que há sempre muita gente que está bem pior do que nós, que para já estamos preocupados com a subida do preço do peixe ou do gás.
Nos últimos tempos a nível politico as duas coisas que realmente gostei de ver porque me pareceram genuínas, foi aquele Hasta la vista baby do senhor Boris Jonhson e as lágrimas da nossa ex-ministra da Saúde a senhora Marta Temido. Parece-me que estas duas pessoas chegaram ao ponto de serem verdadeiras consigo mesmas, e isso para mim faz toda a diferença em qualquer ser humano.

Como diz a canção dos Titãs: 
quando já não houver saída, ainda assim há-de haver saída

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